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  • neurologiapantalea

"Tenho epilepsia e minha ressonância é normal." Será?

Esses dias, atendi uma pessoa com epilepsia focal diagnosticada há anos. Com exames prévios de ressonância normais.

Dependendo do caso, eu peço que a pessoa repita os exames. E se formos repetir a ressonância do crânio, eu tento direcionar o exame para um local onde o exame seja bem feito e o laudo emitido por um neurorradiologista com experiência em epilepsia. Isso, em São Paulo, pode ser mais fácil e mais disponível. Também costumo colocar no meu pedido os dados necessários para o colega neurorradiologista avaliar as áreas cerebrais que eu suspeito estarem envolvidas. Isso eu só consigo depois de uma boa conversa na primeira consulta.


Pois bem, esses dias atendi essa pessoa com exames normais há anos. E fiz isso que eu costumo fazer. Mesmo sabendo (e explicando a ela) que provavelmente achar alterações sutis não alteraria nossa estratégia terapêutica naquele momento. Na consulta seguinte, eis que a ressonância achou o culpado pelas crises, o “foco” de início. O meu pedido detalhado e cuidadoso, para uma ressonância bem feita fez com que o culpado fosse desmascarado!

Isso foi muito importante para o meu paciente! Por mais que ele soubesse que hoje essa informação não muda nossa estratégia, ele se sentiu melhor cuidado, melhor investigado e obteve uma resposta.


Epilepsia é um diagnóstico nem sempre palpável e somos humanos com mentes racionais e lógicas. Às vezes, pode fazer muita diferença ter respostas e explicações concretas e satisfazer nossa mente que precisa de algo tangível. Nem sempre dá. Mas eu só digo que não dá depois de ter procurado direito.


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